Ter um estilo de vida mais simples, valorizar a vida comunitária e a própria produção de alimentos sem agrotóxicos. Esses foram alguns dos temas abordados durante o curso de permacultura, realizado nos dias 02 a 04 de agosto, no Núcleo Ser Vir a Vida, em Miranda (MS).
O evento, ministrado por Adriana Galbiat, Engenheira Ambiental e Permacultora, Mestre em Tecnologias Ambientais pela UFMS, contou com a participação dos colaboradores do Grupo Rio da Prata: Thyago Sabino, gerente da Estância Mimosa; Nádia Pisetta e Bruno Rocha, ambos biólogos do Recanto Ecológico Rio da Prata.
A Permacultura fornece fermentas baseadas no conhecimento científico e sabedoria ancestral para que pessoas ou instituições possam fazer escolhas conscientes e sustentáveis no dia-a-dia. Orienta-se em 3 princípios éticos: cuidar da terra, cuidar das pessoas e cuidar do futuro.
“O curso com a Adriana Galbiati nos trouxe conhecimento de algumas técnicas relacionadas à conservação do solo, bioconstrução e saneamento ecológico. No primeiro dia, tivemos aula teórica, conhecemos um pouco dos princípios de Permacultura e uns aos outros. Já no segundo e terceiro dia, fomos introduzidos na prática ao conceito de banheiro seco, agrofloresta, círculo de bananeiras, bioconstrução e compostagem”, revelaram os colaboradores.
Para Thyago Sabino a participação no curso é uma oportunidade de “aprender e entender um pouco mais sobre permacultura e qual a sua importância no contexto de atividade que realizamos nos atrativos. A busca pela informação reforça muito a ideia em realmente fazer ecoturismo de uma forma prática e não só em palavras”. Cita ainda que as práticas vivenciadas podem ser de grande valia suprindo as demandas dos atrativos e melhorando a qualidade de vida do ambiente, dos colaboradores além de proporcionar uma experiência positiva para os visitantes. Já o biólogo Bruno Rocha revelou que “o curso foi sensacional e ampliou o horizonte para o que pode ser feito nos atrativos na questão de gestão de resíduos sólidos”.
Durante o curso aconteceu também a feira de trocas onde cada participante colocou um objeto pessoal à disposição para para trocar com os colegas. Roupas, sementes, comidas e serviços foram trocados.
“O principal aprendizado que fica, é que a Permacultura vai muito além das técnicas. É um estilo de vida, uma filosofia, uma visão baseada no amor próximo, desde nossa existência atual até às futuras gerações. Cuidamos da terra, pois pertencemos a elas; cuidamos das pessoas, pois também precisamos de compaixão; colocamos limite ao nosso consumo partilhamos de tudo de forma justa, sendo generosos e entendendo que não existe fora. Vivemos e partilhamos dos mesmos recursos no planeta Terra, os resíduos que processamos continuam aqui”, finaliza Nádia.
Veja abaixo alguns momentos da capacitação: