A Estância Mimosa Ecoturismo (Bonito -MS) recebeu no dia 24 de novembro a visita de Neiva Guedes, Presidente do Instituto Arara Azul; de Carlos Cezar Corrêa, técnico do meio ambiente do Projeto Instituto Arara Azul e os colaboradores Fernanda Fontoura, Carlos Durignan e Wesley, com o objetivo de vistoriar os ninhos artificiais instalados no atrativo.
Atualmente há 10 ninhos instalados com o intuito de serem utilizados como abrigo tanto para as araras azuis, bem como de outras como a arara-vermelha e a arara-canindé, além de auxiliar na reprodução das espécies.
Durante a vsitoria foram encontrados dois filhotes de arara-vermelha (Ara chloropterus); um filhote de tucanuçu (Ramphastos toco) e um filhote de Arara Azul (Anodorhynchus hyacinthinus).
Após serem examinados, foi constatado que os dois dois filhotes de arara-vermelha estão fortes, saudáveis e devem voar em aproximadamente 30 dias.
Já o o filhote de arara-azul também está saudável, com quase 30 dias de vida, e a expectativa é de que inicie os voos no fim de janeiro/começo de fevereiro de 2022.
A bióloga Neiva Guedes celebrou nascimento dos filhotes no atrativo.
“Estamos muito felizes e contentes porque temos dois filhotes de araras vermelhas que nasceram nas caixas (ninhos artificiais), que vem sendo monitoradas a anos. Agradecemos a parceria com a Estância Mimosa que tem propiciado esse trabalho. Ficamos muito feliz em ver esses filhotes por aqui. Além da Estância Mimosa agradecemos também o Zoológico de Zurique, a Fundação Toyota do Brasil e principalmente toda a equipe do Instituto Arara Azul, dos nossos parceiros que tem contribuído para esse trabalho”, revelou em depoimento.
Parceria
Além da Estância Mimosa, o Recanto Ecológico Rio da Prata e Lagoa Misteriosa, integrantes do Grupo Rio da Prata localizados em Jardim (MS), mantém a parceria com o projeto Arara Azul, desde fevereiro de 2012 quando foram instalados os primeiros ninhos artificiais nas dependências das fazendas.
Sobre o Projeto Arara Azul
O Projeto Arara Azul é um projeto que estuda a biologia e relações ecológicas da arara-azul-grande, realiza o manejo e promove a conservação da arara azul em seu ambiente natural, além de estudar a biologia reprodutiva das araras vermelhas, tucanos, gaviões, corujas, pato-do-mato e outras espécies que co-habitam com a arara azul no Pantanal.
O Projeto compreende o acompanhamento das araras na natureza, o monitoramento de ninhos naturais e artificiais numa área de mais de 400 mil hectares além do trabalho, em conjunto com proprietários locais, de conservação da espécie.
Em reconhecimento a esse trabalho, Neiva Guedes ganhou mais um prêmio e passou a integrar o grupo de Mulheres da Ciência, da Organização das Nações Unidas (ONU). A premiação, diz a bióloga, é válida sobretudo pois ajuda a divulgar ainda mais o seu trabalho.